Aproveitando a tarde em Curitiba, com a amada. |
Marcamos o encontro na frente do nosso hotel, onde estava rolando rock and roll, com uma banda muito competente...fizemos o aquecimento básico, cerveja, cerveja e carboidratos. Decidimos por dividir os trechos desta forma: eu com 24km e o Ricardo com os 26km finais.
Na manhã de sábado eu acordei cedo e fui tomar um banho quente, já que estava fazendo um frio de rachar. Desci para o café da manhã e encontrei o Ricardo e a Gi, que estavam ansiosos para partir.
Após alguns minutos chegamos ao local da prova, lugar lindo com muito verde, cachoeiras, diversos rios e nascentes. Sai do carro e fui colocar o número de peito, pois faltavam apenas 10 minutos para a largada das duplas. A prova poderia ser realizada em duplas, trios, quartetos e sextetos, além da categoria solo. Larguei como de costume...devagar, aquecendo as pernas, mas alguns corredores largaram forte e eu fui obrigado a não perder o contato com eles. Parti atrás e consegui estabilizar em quarto lugar, bem próximo a uma dupla de corredores e um pouco longe do primeiro colocado. O rapaz que estava de cara no vento em primeiro lugar, começou a se distanciar dos demais. Eu sabia que aquele não era o meu terreno preferido e tão pouco conhecia o local, mas na passagem para ir até a largada quando ainda estava dentro do carro do Ricardo, avistei algumas placas que indicavam o percurso. Tinha uma subida puxada no km 5. Então pensei:
- Vou arriscar tudo na subida.
Não deu outra, ultrapassei os dois corredores a frente e parti em busca do primeiro.
O dia estava muito bonito, limpo e com o céu azul. |
Mas meu sofrimento não tinha terminado...não é que aconteceu o inesperado. Um senhor estava tocando a boiada de um campo para o outro. Acelerei ao máximo, mas não deu tempo...um boi chifrudo que estava a frente dos outros me encarou e não tive coragem de passar na sua frente. Como resultado toda a vantagem que havia adquirido fui por água a baixo. O Adriano encostou em mim e falou:
- Pode ir meu amigo, o teu ritmo esta muito forte para mim.
Mesmo ouvindo isso não relaxei, pois sabia que o primeiro trecho era um pouco mais leve que o segundo e que geralmente as duplas deixam o corredor mais veloz para o fechamento da prova. No caso da minha dupla, optamos por inverter este processo. Depois de algumas subidas e descidas já tinha uma vantagem boa e resolvi administrar. Meu pensamento era de que se não cansasse na subida das ladeiras e nem torcesse o tornozelo nas pedras pelo caminho, entregaria o bastão em primeiro lugar.
Comemoração na chegada do Ricardo |
Pódio com os amigos corredores |
Medalha e troféu |
Com as esposas e a cesta de frutas oferecida aos campeões |
Um abraço para a minha amiga Pri, que escreve no blog Diário de Bordo da Pri. Vez bonito no trio misto, subindo ao pódio em terceiro lugar. |