segunda-feira, 28 de julho de 2014

Corrida de Revezamento Nascentes do Piraí - 50k

Pela primeira vez participei de uma corrida em meio a natureza, prova dura com muitas subidas e terreno variado. Minha opção pela corrida em Joinville e não a Gramado Adventure, em Gramado, que aconteceu no mesmo dia, foi a proximidade da cidade catarinense com a cidade de Curitiba. Minha ideia era de unir a corrida e as férias em uma única viagem. O resultado não poderia ser melhor dias ensolarados na capital do Paraná e pódio na corrida em Santa Catarina.
Aproveitando a tarde em Curitiba, com a amada.
Depois de dirigir durante 6 horas até Joinville, chegamos ao hotel já a tardinha e fomos encontrar o Ricardo e a sua esposa Gi, amigos de Floripa. Ele pegou os nossos kits e estava me aguardando para dar as informações sobre o deslocamento até o local da largada, que ficava a 14 km do centro da cidade.
Marcamos o encontro na frente do nosso hotel, onde estava rolando rock and roll, com uma banda muito competente...fizemos o aquecimento básico, cerveja, cerveja e carboidratos. Decidimos por dividir os trechos desta forma: eu com 24km e o Ricardo com os 26km finais.
Na manhã de sábado eu acordei cedo e fui tomar um banho quente, já que estava fazendo um frio de rachar. Desci para o café da manhã e encontrei o Ricardo e a Gi, que estavam ansiosos para partir.
Após alguns minutos chegamos ao local da prova, lugar lindo com muito verde, cachoeiras, diversos rios e nascentes. Sai do carro e fui colocar o número de peito, pois faltavam apenas 10 minutos para a largada das duplas. A prova poderia ser realizada em duplas, trios, quartetos e sextetos, além da categoria solo. Larguei como de costume...devagar, aquecendo as pernas, mas alguns corredores largaram forte e eu fui obrigado a não perder o contato com eles. Parti atrás e consegui estabilizar em quarto lugar, bem próximo a uma dupla de corredores e um pouco longe do primeiro colocado. O rapaz que estava de cara no vento em primeiro lugar, começou a se distanciar dos demais. Eu sabia que aquele não era o meu terreno preferido e tão pouco conhecia o local, mas na passagem para ir até a largada quando ainda estava dentro do carro do Ricardo, avistei algumas placas que indicavam o percurso. Tinha uma subida puxada no km 5. Então pensei:
- Vou arriscar tudo na subida.
Não deu outra, ultrapassei os dois corredores a frente e parti em busca do primeiro.
 O dia estava muito bonito, limpo e com o céu azul. 
Depois de um tempo me aproximei do Adriano (o cara que liderava a prova), corremos alguns metros lado a lado e quando começou a subida, eu apertei o passo e ultrapassei o rapaz. Subida difícil, mas o objetivo foi alcançado. Quando iniciei a descida já estava liderando a prova com alguns poucos metros de vantagem.
Mas meu sofrimento não tinha terminado...não é que aconteceu o inesperado. Um senhor estava tocando a boiada de um campo para o outro. Acelerei ao máximo, mas não deu tempo...um boi chifrudo que estava a frente dos outros me encarou e não tive coragem de passar na sua frente. Como resultado toda a vantagem que havia adquirido fui por água a baixo. O Adriano encostou em mim e falou:
- Pode ir meu amigo, o teu ritmo esta muito forte para mim.
Mesmo ouvindo isso não relaxei, pois sabia que o primeiro trecho era um pouco mais leve que o segundo e que geralmente as duplas deixam o corredor mais veloz para o fechamento da prova. No caso da minha dupla, optamos por inverter este processo. Depois de algumas subidas e descidas já tinha uma vantagem boa e resolvi administrar. Meu pensamento era de que se não cansasse na subida das ladeiras e nem torcesse o tornozelo nas pedras pelo caminho, entregaria o bastão em primeiro lugar.
Comemoração na chegada do Ricardo

Pódio com os amigos corredores


Medalha e troféu
 A prova foi organizada pela Corville, de Joinville. Com premiação para o 5 primeiros lugares de cada categoria, a camiseta e as medalhas de muito bom gosto, café colonial pós prova para quem participou do evento. A hidratação foi boa, nos pontos chaves da corrida. O ponto negativo e que não diz respeito a coordenação da prova foi o ataque dos cães, quando os atletas passavam pelas fazendas da região.
                                                               
Com as esposas e a cesta de frutas oferecida aos campeões


Um abraço para a minha amiga Pri, que escreve no blog  Diário de Bordo da Pri. Vez bonito  no trio misto,  subindo ao pódio em terceiro lugar.






















terça-feira, 15 de julho de 2014

Ultramaratonas pesadas no Brasil e pelo mundo.

Dizem que, para quem treina regularmente, completar uma ultramaratona não é tarefa das mais complicadas: exige apenas muita disciplina e treinamento forte. Segundo os especialistas, é mais difícil completar os 100m rasos em tempo inferior a 11 segundos, por exemplo. O segredo para quem já corre maratonas e deseja se aventurar na ultramaratona é aumentar gradualmente a quilometragem, para que a diferença não seja tão brusca.Vamos dar uma forcinha para quem quer correr uma ultramaratona e listar as ultramaratonas mais difíceis do mundo e alumas aqui no Brasil.

Mas o que é uma ultramaratona?

No Brasil, essa nomenclatura é empregada para qualquer prova superior a 42km (distância oficial da maratona). Outro critério é o tempo da prova: provas de 6, 12, 24 ou 48 horas, por exemplo. Em países como os Estados Unidos, o termo ultramaratona se refere a provas a partir de 100 km.

Quais são as ultramaratonas mais difíceis do mundo?

Esta é uma pergunta difícil de responder, já que há diversas corridas se proclamando “a ultramaratona mais difícil do mundo”. Vamos compilar algumas das provas consideradas mais árduas.
Desafio dos campeões (Challenge of Champions)
Este desafio, não por acaso, tem sua largada no Vale da Morte – Califórnia. É considerado pelos ultramaratonistas como um dos maiores desafios, com sua distância de 217 quilômetros e ascensões verticais que incluem três cadeias de montanhas no percurso. Além disso, a temperatura pode chegar aos 50 graus em determinados trechos da rota.
Beast  of Burden Winter 100 Miler
Outra prova que disputa o posto da ultramaratona mais difícil de se percorrer é a Beast of Burden Winter 100 Miler, com seus 160km de desafios. Além de ser um longo percurso, há a dificuldade de se correr na neve, já que a corrida se dá no rigoroso inverno de Buffalo, nos Estados Unidos.
Spartathlon
Saindo um pouco das Américas, a Europa também tem sua candidata à ultramaratona mais difícil do planeta: é a Spartathlon, com distância de 246km percorridos entre Atenas e Esparta, na Grécia. Uma curiosidade sobre esta prova: ela tem o objetivo de traçar os passos de um mensageiro ateniense enviado a Esparta no ano 490 A.C. para buscar ajuda contra os persas na Batalha de Maratona.
Ultramaratonas da África do Sul
Já na África do Sul, o que não faltam são ultramaratonas difíceis de serem realizadas. Uma delas, a Two Oceans, tida como a mais bela maratona do planeta, na Cidade do Cabo. O percurso é de 56km, com várias oscilações de percurso. Também deste continente  vem a ultramaratona mais famosa do mundo, a Comrades.  O trajeto inclui muito sobe e desce por estradas asfaltadas e altitudes elevadas. É também uma das provas mais longas, o tempo-limite é de 12 horas.
maratona
Apesar de exigir muito preparo físico, correr uma ultramaratona não é impossível. É preciso ter bagagem nas corridas, manter os exames em dia e treinar a sério.

Quais são as ultramaratonas mais difíceis do Brasil?

Ultramaratona Volta ao Lago Caixa
A prova com distâncias de 60km e 7h para terminar ou 100km com 11h para terminar é realizada na capital federal e pode ser feita individualmente, em duplas, quartetos, sextetos ou octetos. A maior difículdade desta prova é o clima seco com temperaturas elevadas mesmo no inverno (junho).
Ultramaratona dos Anjos 
Teve sua primeira edição em 2011. Realizada na cidade de Passa Quatro, Minas Gerais, no mê de junho, esta prova tem 235km de percurso e tempo máximo para termino de 60h. Disputa com a Brazil 135 o titulo da mais dura do país.
Travessia Torres Tramandaí
A popular TTT, tem seu percurso de 82km todo plano, mas muito difícil por se tratar de uma prova realizada no verão e à beira-mar. A competição reúne outras categorias (duplas, quartetos e octetos), tornando a vida do Ultra mais "agradável" durante a prova. O clima é um fator a parte, pois tanto pode estar 40 graus, como pode chover e ainda soprar ventos contrários de 15 a 20 km, jogando assim qualquer estimativa de tempo para longe. Ponto forte é a organização com postos de hidratação e alimentação no percurso.
Brazil 135 
Esta prova é toda realizada na Serra da Mantiqueira, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, considerada a mais foda das ultras tupiniquins, tem como seu criador o Ultramaratonista Mário Lacerda. Foi inspirada na tão famosa Bad Water, prova americana com percurso de 217 km, a prova brasileira é umas das formas de conseguir classificação para a race americana. A prova tem ainda as categorias quarteto, trio e duplas com 217km de distância. Durante todo o percurso você só tem 20km de terreno plano. Vai encarar?