terça-feira, 28 de março de 2017

50 Maiores Corridas de Rua do Brasil em 2016

levantamento: BlogRecorrido.com (danilobalu@hotmail.com)

Estes são os dados das 50 Maiores Corridas de Rua do Brasil em 2016. É um levantamento único no nosso mercado e busca principalmente colocar um pouco de luz dando números desse esporte em nosso país, uma vez que dependêssemos das organizadoras, não teríamos estatísticas confiáveis.
Comparado com 2015, pouca coisa mudou no perfil das 50 maiores provas. Os destaques:
– As 50 provas continuam com quase o mesmo número de concluintes (316.000), um aumento de apenas 0,7%;
 Há cada vez mais mulheres (42% *já descontadas as provas exclusivamente femininas);
– As provas de 5km são as mais frequentes na lista. Em 3 anos passaram de 15 para 19;
– Já as de 10km são cada vez mais raras (de 13 a 7);
– Talvez por serem mais tangíveis, as provas de até 9km vêm ganhando bastante destaque.
top-50
Já a localização destas provas mostra-se bem concentrada. 29 em São Paulo e 13 no Rio de Janeiro. Apenas essas duas, Brasília e Fortaleza (com 2 cada) são locais de mais de uma das 50 provas.
Nenhuma fica na Região Norte.
Nenhuma na Sul.
Outra característica é notar que 4 organizadoras possuem 36 dessas 50 corridas! E das 5 maiores, todas já foram exibidas ao vivo na TV, mostrando a força desse fator em determinar o sucesso de um evento.
Porém, se ainda assim você acha que fazer corrida é fácil e garantia de muito lucro, vale destacar que mais uma vez duas corridas Top 50 foram descontinuadas de um ano para cá. Ou seja, é um investimento que está longe de ser garantia de sucesso!
O que você não pode deixar de dar é atenção às mulheres. 6 provas são exclusivas delas! E elas são maioria em 20 das demais 44. E talvez tenha que saber que nem toda prova grande é domingo de manhã! 8 são sábado à noite.
Para ver os números e gráficos completos: https://infogr.am/raio-x-das-50-maiores-provas-do-brasil-em-2014

quarta-feira, 22 de março de 2017

Rústica Verde Praia Arambaré 2017

Minha paixão, segurando o belo troféu...
1º colocado na categoria 40/49 anos

A cidade de Arambaré, que quer dizer "o sacerdote que espalha luz", fica distante 140 quilômetros de Porto Alegre, no sentido sul (Pelotas, Rio Grande, Uruguai). A estrada é bem sinalizada e se encontra em boas condições... há um único pedágio até lá. A Rústica Verde Praia de Arambaré 2017, teve a organização do Sesc de Camaquã, e contou com 300 inscritos, nas diversas categorias e distâncias. Eu optei por fazer a prova principal de 8km, a minha primeira do ano. As outras distâncias eram de 3km (adulto), 500 metros, 1km e 2km (infantil). O kit foi simples, composto pelo chip e o número, já que a inscrição para a prova foi free. Esta prova originalmente ocorre no mês de Janeiro, mas por conta do aniversário e das festividades de emancipação do município, foi adiada/transferida para o mês de Março, conhecidindo assim com uma das provas mais tradicionais do calendário gaúcho, a Ultramaratona de Rio Grande. Fui para esta corrida confiante em fazer um bom tempo, mesmo com uma lesão no posterior da coxa esquerda, adquirida uma semana antes no treino de pista. Na largada me coloquei próximo ao meu amigo Alessandro Amaral, que fez o percurso de 3 km. Sabia que ele faria uma passagem rápida então colei nele. Na terceira quadra contei e só haviam 8 participantes a minha frente. Cinco fizeram o retorno no km 1,5, o restante seguiu o baile. Mantive o terceiro lugar até a virada no km 4, quando fui superado por outro corredor. Tentei acompanha-ló mas a combinação piso de areia +  lesão, não deixaram. No km 6 a prova já estava definida e eu decidido a ficar na quarta colocação geral, sem incomodar ou ser incomodado. Após passar o tapete embaixo do pórtico... entrega do chip, medalha, frutas, água e um lindo troféu. Não posso falar ou dar mais informações sobre a cidade, pois tive que sair voando de lá, por conta de um compromisso em Porto Alegre.

Existem varias figueiras às margens da Lagoa dos Patos, são um ótimo lugar para tomar um chimarrão e bater um papo...

domingo, 19 de março de 2017

Despedida do meu Skechers!!!




Após cinco longos anos e um montão de kms rodados, chegou a hora de abandonar um dos melhores calçados de corrida que os meus pés já "vestiram". Grande parceiro de treinos e corridas, este verdinho me acompanhou na chuva, no sol e no frio rigoroso do inverno aqui do sul. Me aventurei até em corridas trail, mesmo sendo ele especifico para provas rápidas no asfalto. Algumas pessoas não conseguem se adaptar a estes tênis minimalistas, leves e de cabedal flexível, mas eu não tive nenhum problema, me apaixonei logo nas primeiras passadas. Tá bom vou confessar.... no inicio fiquei um pouco temerário em sofrer uma lesão no tornozelo, mas logo passou com os contínuos treinos no asfalto e esteira. Adquiri o pisante na época pelas suas cores e incrível leveza, este modelo foi em homenagem ao Brasil, enfim recomendo a marca por fabricar tênis bonitos, rápidos e baratos.

domingo, 12 de março de 2017

Decathlon. Em breve na capital dos gaúchos...



Até a metade deste ano a gigante de material esportivo irá se instalar em Porto Alegre. A multinacional DECATHLON, possui aproximadamente 1060 lojas em 25 países ao redor do mundo. Nascida na França, a loja de material esportivo pertencente ao grupo empresarial Oxylane, tem o foco na manutenção dos preços baixos e na qualidade dos seus produtos. A empresa projeta para junho a abertura de sua primeira loja na capital dos gaúchos. A unidade será instalada na Avenida Nilo Peçanha. Sou suspeito para falar da Decathlon, pois passo horas dentro da loja quando vou à Floripa. Para quem ainda não conhece, a loja é um paraíso de artigos esportivos, comercializa tudo relacionado a atividade física, camisas "segunda pele", bolas, raquetes, barracas, mochilas, toucas, suplementos, bicicletas, roupas de esqui e tudo mais que você possa imaginar, qualquer esporte que você for praticar é possível encontrar material na Decathlon, inclusive caça e pesca. A loja possui uma boa quantidade de tênis também, marcas como Nike, Puma e Adidas, estarão presentes na unidade de Porto Alegre.
Atualmente a Decathlon, atua em toda a cadeia esportiva, desde a pesquisa, passando pelo projeto, pela concepção, produção, logística até chegar ao ponto de venda, A empresa também mantém comércio online em países como França, Reino Unido, Brasil e Espanha. Tendo como maiores mercados Portugal, Espanha e Itália, a rede oferece 55.000 produtos para mais de 70 milhões de consumidores, vendendo aproximadamente 520 milhões de artigos anualmente. Com uma equipe formada por mais de 65 engenheiros e pesquisadores e aproximadamente 50 laboratórios internos e externos, a marca desenvolve todos os anos mais de 3.500 novos produtos, realiza 60.000 testes e lança mais de 50 inovações.


● A DECATHLON possui 20 marcas próprias, disponibilizando aos esportistas e consumidores locais produtos para a prática de aproximadamente 60 modalidades esportivas por loja.

● A empresa mantém estreitos relacionamentos com esportistas que opinam sobre características e benefícios dos produtos, que são desenvolvidos nos laboratórios das unidades produtivas espalhadas pela França.



Dados da Empresa: 


● Origem: França

● Fundação: 27 de julho de 1976

● Fundador: Michel Leclercq

● Sede mundial: Villeneuve d’Ascq, França

● Proprietário da marca: Oxylane Group

● Capital aberto: Não (subsidiária)

● Chairman: Yves Claude

● Presidente: Michel Leclercq

● Faturamento: €9,2 bilhões (estimado)

● Lojas: 1060

● Presença global: 25 países

● Presença no Brasil: Sim

● Maiores mercados: França, Espanha e Itália

● Funcionários: 65.000

● Segmento: Varejo (esportes)

● Principais produtos: Vestuários, calçados e equipamentos esportivos

● Concorrentes diretos: Go Sport, Sports Direct, Intersport e Centauro (Brasil)

● Ícones: Os serviços personalizados oferecidos nas lojas

● Slogan: Esporte para todos | Tudo para esporte.

● Website: http://www.decathlon.com.br/

terça-feira, 7 de março de 2017

Nova Equipe!!




Tudo beleza galera!!Agora estou de roupa nova...virei Roxinho(apelido da equipe, por usar esta cor em seus uniformes de corrida), já faz algum tempo. Mais precisamente desde Maio de 2016, mas como não havia atualizado o blog, resolvi contar a novidade. Os professores são dois grandes corredores, reconhecidos do público gaúcho, pela capacidade e competência em levar seus alunos a quebrar barreiras e atingir seus objetivos.



GABRIEL PICARELLI, Bacharel em Educação Física com Pós-Graduação em Treinamento Neuromuscular; Treinador de corrida à mais de três anos; atleta desde 2011, competindo em diversos tipos de provas; Medalhista de bronze no Campeonato Mundial de 50Km da UIA e mais de 100 vitórias em corridas; 2 vezes Top 5 na Mizuno Uphill Marathon – a maratona de asfalto mais difícil do Brasil; 2 vezes Top 15 na Maratona dos Perdidos – a maratona mais insana do Brasil e 3º lugar geral no ranking TRC – corridas de montanhas em 2014; Melhor marca brasileira na história da Meia Maratona de Paris (2013).
LUZIA PINTO, Graduanda em Educação Física; atleta desde 2012, com mais de 100 pódios.

Manual da boa conduta na corrida

 
 
A jornalista e atleta Fernanda Paradizo bolou um super manual. Voltado a corredores de primeira viagem e também aos veteranos sem noção, trás dicas valiosas para entrar no esporte. Os toques servem tanto para a corrida de rua quanto para a trail run. Confira:

São vários os problemas que atingem diretamente os corredores quando o assunto é boa educação, principalmente em locais onde a concentração de pessoas é maior, como nos grandes eventos e nos locais de grande concentração pública. Apesar de ser um problema cultural e que muitas vezes tem a ver com o histórico de vida que as pessoas carregam desde a infância, não custa nada prestar atenção naquilo que você e as pessoas a seu redor estão fazendo. Por isso, ouvimos vários corredores e criamos aqui uma espécie de manual da boa conduta para que cada um faça a sua parte.

Empurra-empurra na largada: Procure largar na baia ou local compatível com seu nível de performance. Quando soar o sinal, é comum os apressadinhos darem cotovelada. 

Correndo em grupo: Se estiver correndo em grupo, com um ou mais pessoas, procure ficar o mais compacto possível. Se estiver em três, fique dois à frente e uma mais atrás. Faça isso para não dificultar a passagem de quem vem de trás. Se perder os amigos na largada, não se desespere. Chegue com cuidado que tudo ficará bem. 

Atenção nos postos de água: Assim que avistar um posto de água, tenha cuidado. Não faça movimentos bruscos e vá aos poucos para o lado onde fica o posto, preocupando-se sempre com quem estiver atrás. Em geral, os postos de água são mais extensos do que parece à primeira vista. Não se desespere querendo pegar água logo na primeira bancada. Se perceber que algum colega de corrida não conseguiu se desvencilhar da multidão para se abastecer, não custa nada fazer a gentileza de pegar um copo a mais.

Jogando fora o copinho: Tomou água? Cuidado na hora de jogar o copinho fora. Muitas vezes ele não está totalmente vazio e pode esbarrar ou mesmo molhar um corredor que vem ao lado ou atrás. Procure o espaço e jogue num lugar adequado. Em treinos, segure o copo o tanto quanto possível até avistar uma lixeira. Faça o mesmo com as embalagens de carboidrato e outros.

Parada repentina: Jamais pare bruscamente. Os ciclistas têm uma regra muito básica entre eles que serviriam muito bem aos corredores. Se quiser parar por algum motivo (amarrar o tênis ou mesmo se não estiver se sentindo bem e quiser andar um pouco), faça um sinal com um dos braços e saia aos poucos de lado, para um local de pouca concentração de pessoas. 

Ultrapassando pessoas: Se tiver um grupo de pessoas à sua frente, não tente de forma alguma passar por algum lugar que não tenha espaço, como no meio, por exemplo. Se estiverem prejudicando sua passagem, peça licença e passe cuidadosamente. Se a pessoa à frente estiver usando fone de ouvido, faça tudo com o maior cuidado, tocando muito gentilmente nas costas ou ombros da pessoa para ela possa te dar passagem sem se assustar.

Tangenciar quando não é possível: Tudo bem que as regras da corrida mandam tangenciar o percurso, mas subir na calçada ou cortar pela grama é algo completamente absurdo. Não faz parte do percurso da prova. 

Correndo sem número: Entrar numa prova sem ter feito a inscrição e correr sem número é uma das coisas que mais afrontam os organizadores de prova, além de ser um desrespeito, uma vez que todo o suporte do evento é previamente programado para abastecer a quantidade de inscritos. 

Correndo com a inscrição do outro: Se acontecer de algum atleta não poder participar de uma prova e sobrar uma inscrição na sua mão, antes de pensar em correr, procure os organizadores e veja se existe a possibilidade de trocar o número para seu nome, além de sua faixa etária e sexo. Não existe nada mais desagradável do que um corredor atrapalhar um pódio de faixa etária ou mesmo um pódio feminino, porque não deu devida atenção a esse fato. 

Sem direito à medalha: As medalhas são feitas exclusivamente para aqueles que completarem a prova. Se você está inscritos, mas não completou o percurso ou não correu a prova, não entre em conflito com os organizadores para pedir sua medalha. Não peça para um colega correr com seu chip no bolso ou meia para pegar sua medalha. Afinal, que graça tem ganhar uma medalha sem mérito? 

Cuidados com fones de ouvido: As pessoas que correm ouvindo música têm que redobrar os cuidados que acontecem à sua volta. Hoje, nos Estados Unidos, por questão de segurança, em muitas competições não é permitido o uso dos chamados headphones. Uma ambulância pode ter que passar com rapidez e você pode não ouvir a sirene ou mesmo as orientações no alto-falante. Isso sem falar que, durante o percurso, é preciso estar atento aos que vêm principalmente de trás. Em treinos, use apenas em locais seguro, como parques. Em trechos abertos ao trânsito, evite ao máximo.

Objetos estranhos na largada: Jamais jogue coisas na largada no meio da pista, como camisetas, blusas, garrafas de água e outras coisas. As pessoas podem tropeçar. Da mesma forma, uma vez que você já tenha optado que é o momento de ir para a largada, tenha a certeza de que já fez seu último pit-stop. Respeite o espaço público e não faça de forma nenhuma xixi na largada. Muitos corredores reclamam de ter que começar a correr já com os pés molhados. Isso sem falar na falta de higiene. 

Cusparadas sem rumo: Qualquer coisa que você jogue fora quando está correndo pode acertar outra pessoa, devido à ação do vento. Isso vale também para as cusparadas e espirros, que muitas vezes tomam rumos que você nem imagina. Para evitar isso, não custa nada carregar um lencinho de papel para dar conta desse problema.

Cruzando a linha de chegada: Não pare de repente na chegada nem cruze a linha de forma desenfreada, como se existissem mais alguns metros de prova. Preste atenção nas pessoas que estão à frente e tenha todo o cuidado com as pessoas que vêm atrás. Uma vez que tenha cruzado a linha, siga as instruções dos staffs e não fique por ali tumultuando o local. Passe normalmente, seguindo o fluxo, e aguarde seu colega de corrida numa área em que não atrapalhe o andamento da prova.

Repeito às mulheres: Não existe nada mais desagradável do que ter uma prova feminina e se deparar com homens correndo e puxando outras mulheres. Além de ser contra as regras da corrida, já que estão correndo sem número, isso atrapalha o ritmo de prova de quem corre. É o momento especial das mulheres e nada mais justo do que os homens respeitarem isso. O mesmo vale para cantadas, gracinhas e palavras ofensivas em relação ao público feminino. 

Ajuda para quem precisa: Se perceber que alguém está passando mal na corrida, ofereça sempre ajuda. Sua assistência pode custar uma vida. Procure um staff da prova para que a pessoa possa ser atendida o mais rápido possível. 

* Link da matéria completa: http://revistacontrarelogio.com.br/materia/corra-com-garra-mas-tambem-com-educacao/
 

Algumas coisas que as ultras maratonas podem ensinar aos corredores.


O que importa não é o tamanho da corrida, mas o tamanho do prazer...

1 – Não saia “queimando a largada”
Cada corredor sabe (ou deveria saber) o quão rápido pode correr nos primeiros quilômetros de uma prova para poder chegar bem. Então, por que não o fazem? Talvez porque numa prova de 5 ou até de 10 Km, a punição por uma saída exageradamente forte é não conseguir manter o ritmo até o final. Numa longa corrida de montanha, porém, um início muito veloz pode significar, algumas horas depois, uma caminhada de sofrimento até alcançar um ponto de apoio ser alcançado. Ultramaratonistas tendem a se auto-policiar melhor do que outros corredores, ainda que o ritmo inicial de uma corrida de mais de 100 quilômetros pareça ridiculamente lento.

2 – Corra de acordo com esforço percebido
Não é recomendável tentar dividir uma ultramaratona em splits (estipular um ritmo para cada X quilômetros: passar o Km 30 em 2h30, o 60 em 5h…). O terreno é muito impreciso, assim como a marcação de quilometragem – mesmo um GPS pode não ser confiável em montanhas. Ultramaratonistas visam manter um ritmo, constante e sustentável, pelo esforço percebido. Alterações de clima, subidas, pequenas dores, são fatores que alteram o desempenho. Às vezes é melhor esquecer o objetivo de tempo e correr com um esforço constante, não importa a distância da prova, 5 ou 100 quilômetros. Você pode não conseguir um novo recorde pessoal, mas fará a melhor prova possível para o percurso nesse dia.

3. Faça treinamentos específicos
Se alguém planeja para executar uma corrida extremamente montanhosa, ela deve treinar descidas e subidas – em montanhas preferencialmente. Por exemplo, o corpo pode até se adaptar às subidas numa esteira ergométrica e o corredor subirá bem no início da corrida, mas provavelmente destruirá seus quadríceps tanto nas descidas que não conseguirá nem correr bem nos trechos planos depois.
Em ultramaratonas o potencial de tempo perdido por erros em treinamentos é enorme, mas qualquer corrida tem características específicas: temperatura, subidas, horário da corrida… Quanto melhor conseguirmos simular nos treinos as situações da prova, maiores as chances de sucesso.

4.Desistir pode ser um mau hábito, mas também pode ser inteligente
A tentação de abandonar uma corrida pode ser esmagadora especialmente para ultramaratonistas. Imagine sentir-se pessimamente, quebrado, e ainda ter 40 ou mais quilômetros para correr. Mas evite, porque uma vez que você desiste a primeira vez, fica mais e mais fácil jogar a toalha outras vezes. Por outro lado, há algo a ser feito para poupar-lhe para outro dia. Às vezes, um sucesso posterior numa ultra só pôde ser alcançado porque o corredor foi esperto o suficiente para saber que correr em situações extremas – extenuado, ou lesionado, ou as duas coisas… – não lhe traria absolutamente nada de bom ou positivo, além da simples auto-satisfação de não ter desistido, por um preço muito alto a ser pago (meses de estaleiro, por exemplo…). Há situações de “não-ultra” em que desistir também faz sentido. Por exemplo, se seu objetivo principal para uma temporada é recorde pessoal na maratona, pode ser apropriado sair de uma corrida onde esse objetivo tornou-se inatingível para tentar novamente dentro de algumas semanas. A chave é ter a compreensão clara de quais são seus objetivos e por que eles são importantes para você. Se você pode mantiver isso em mente durante os momentos mais sombrios da corrida, suas decisões quanto à possibilidade de continuar ou não provavelmente serão corretas.

5. Desfrute da companhia de outros corredores
Em alguns aspectos, ultramaratonas são particularmente propícias à interação social. Muitas vezes, são eventos durante todo o final de semana, em locais remotos onde há pouco a fazer além de sair com outros participantes, muitos dos quais têm muitas “ultrahistórias” para compartilhar. E mesmo o ritmo fácil dos primeiros quilômetros permitem um bate-papo. Em contraste, muitos de nós tratam corridas curtas e/ou locais como atividades “fast food”. Aquecer, correr, chegar, pegar a medalha e ir para casa. Por que não relaxar um pouco e interagir com nossas camaradas nas pernas? Trocar experiências ou apenas jogar conversa fora com outros corredores de alguma forma é sempre enriquecedor.

6. Não tente prever o futuro
Quanto mais longa a corrida, mais reviravoltas inesperadas para colocar o resultado em dúvida. A beleza da corrida, o mais fascinante, é como você pode medir com tanta precisão os componentes físicos de um atleta – VO2 máximo, tolerância ao ácido láctico, eficiência, etc. – mas o elemento espiritual é impossível de ser mensurado. Testemunhar atletas mais fracos superar espécimes fisicamente superiores por causa de alguma unidade eterna ou espírito é o que me mantém a chama esporte. Quando larga para uma corrida, nunca sabe como será o final.

7. Força mental é um trunfo
Na incerteza das corridas longas, atitude e força mental desempenham um papel forte no sucesso ou fracasso, diz cinco vezes 100k integrante da equipe nacional Anne Lundblad. A experiência da ultramaratonista Anne Lundblad numa prova de 100k ilustra o ponto. “Fui rápido demais e não bebi o suficiente de água para o que acabou por ser um dia quente, e depois de 30 quilômetros, eu estava exausta, tonta, enfrentando problemas de estômago e seriamente contemplando um ‘DNF’ (did not finish)”, relembra. “Falei com o médico de equipe, que me aconselhou a ir devagar, beber alguma coisa e continuar à frente. Comecei a repetir o mantra que eu tinha usado nos treinos (‘Eu sou saudável, forte e dura’). Milagrosamente, as coisas começaram a virar. Eu recuperei minha energia e motivação, peguei ritmo e comecei a passar as pessoas, terminando com a medalha de prata e um PR”. Qualquer perda de tempo pode ser difícil de aceitar, mas uma vez que isso aconteceu, você simplesmente tem que seguir em frente como se nada tivesse acontecido, com o esforço adequado e foco no resto da corrida. Você pode até mesmo se surpreender e ainda alcançar sua meta de tempo.

8. Juventude não é tudo
Conforme você envelhece, a velocidade diminui mais rapidamente do que a resistência. Isto explica, em parte, porque ultra-corredores de elite em seus 40 anos, frequentemente são uma ameaça para ganhar corridas sem rodeios. Tais proezas que desafiam a idade podem não ser tão evidentes nos 5K. Mas não vamos esquecer que a experiência e sagacidade podem ajudar a compensar os estragos do tempo.

9. Ignore as regras e faça o que você ama
Quase por definição, ultramaratonistas desconsideram as normas sociais. Fazem corridas que 99 por cento das pessoas consideram absurdo. Com poucas exceções, não esperam reconhecimento generalizado por completar ou mesmo ganhando um ultra – as corridas são sua própria recompensa. Correm ultras principalmente porque podem encontrar satisfação neles. Mas não é assim que todos os corredores devem se portar? Realizar as coisas que enriquecem nossas vidas, independentemente de que a sociedade nos diz? Para correr as corridas que especiais para nós, não importa se curta ou longa, rápida ou lenta, competitiva ou social?