A cidade de Osório é conhecida como "Cidade dos bons ventos", devido aos grandes ventos desta região. Em seu território, este é o mais importante parque eólico do Rio Grande do Sul, que também abriga o famoso Morro da Borusia, um lugar com uma incrível vista para a costa, as lagoas, as montanhas e, claro, o vento gigante do parque Surfar A bela vista também compensa a subida através de uma trilha ecológica que vai da base para o topo da colina.
Não posso falar muito sobre a região do morro, pois foi a minha primeira vez por lá. Na realidade nem iria fazer está prova, pois estava sem treinar a uns quatro dias devido a minha lesão. Fui pensando em poder trocar a distância na qual havia me inscrito, por uma mais curta, talvez os 13km, mas ficaria feliz mesmo em fazer os 6km.
Chegando no local da corrida encontrei o meu amigo Diego Cadigune, que estava acompanhando a sua esposa (Fernanda Ferrão), meu parceiro na Picarelli Assessoria e grande corredor André Siegle, os alunos da Veloz Assessoria, Jonatas Cabrera, Ana Avila e Alvaro Giovanella. Um bate papo rápido e fomos para o aquecimento. Durante o nosso trote relatei ao André, sobre a minha lesão e ele me sugeriu a troca de distância...fomos falar com a organização.
Não deu...argumentamos, explicamos e mesmo assim, me foi negada a troca e tive que ficar nos 24km. Faltando pouco mais de 5 minutos para a largada o negócio foi absorver tudo, analisar o percurso e concentrar para não quebrar nos primeiros quilômetros de prova. A largada para as três distâncias se deu no mesmo horário e local, mas com uma sacada legal da organização, que colocou na frente os competidores da maior distância seguidos pelos participantes dos 13km e logo atrás, largando cinco minutos depois os participantes da menor distância (6km).
Me posicionei na terceira fila, bem a frente, sem mochila e nem garrafa de água, apenas com uma cápsula de sal e dois géis. Não queria fazer nenhum teste, é que acabei esquecendo de levar a mochila e os apetrechos para correr em trilhas. Largamos com o tempo fechando e um vento fraco. Muita gente largando forte e eu entre eles, mas já na primeira subida, um pelotão de nove corredores conseguiu abrir em relação aos outros competidores, sendo que o André Siegle, era quem encabeçava o grupo, abrindo uma vantagem considerável dos demais. As trilhas foram deixadas de lado nesta etapa do CTM. A prova foi realizada em estradão, chão batido com muitas subidas, descidas e bastante verde.
Para mim foi tudo tranquilo, pois na metade da prova do km 12 ao km 16 foram poucas lombas e aproveitei para correr forte, acompanhando de dois outros competidores. Mas corpo passou a cobrar a falta de treinos e fui ficando para trás com algumas câimbras. A chuva começou de leve para refrescar o lombo dos viventes e tornar a corrida um pouco mais interessante. Caminhei bastante para me poupar e chegar até o final, sabia (estudando o mapa antes da largada), que o percurso guardava uma subida forte nos quilômetros finais e com a chuva não seria fácil de transpor. No último posto de água a informação de que faltavam apenas 5 km para terminar a prova, só tinha que encarar uma parede de barro e uma trilha com muitas pedras soltas, para depois descer voando uma ladeira traiçoeira e escorregadia, pegar um trecho de asfalto e ir até a linha de chegada.
Foi pura diversão, com travessia de riachos e lama na segunda metade do percurso. Esta terceira etapa do circuito foi uma prova rápida em estrada de chão, que teve chuva, ventos e muitos amigos.
Sexto colocado na Geral e 1º na categoria 38/42 anos |
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