Faz algum tempo que venho sentindo estas dores na sola do pé esquerdo, isso anda me impedindo de seguir a planilha organizada pelos meus treinadores Luzia Pinto e Gabriel Picarelli. Estou assim, desde o inicio do mês de Março, fazendo os treinos quando a dor dá uma trégua, ou seja um dia de treino e dois dias parado. Em Abril, já estava cansado desta rotina e decidi procurar um médico, fui diagnosticado com uma das lesões mais chatas que podem acometer um amante das corridas. Fascite Plantar...então tá...pé enfaixado durante 6 dias, antiinflamatórios e a recomendação de redução no volume da corrida e na intensidade dos treinos. Mas sabe como é. Correr é gostoso, aquela sensação de leveza, vento na cara e as vezes com a chuva no rosto. É difícil desapegar dessas coisas todas. Mas a teimosia custa caro...
Dez dias depois lá estava eu com dores fortíssimas, no pé, sem conseguir pisar no chão. Desta vez procurei um especialista em tornozelo e pé. Marquei consulta, crente que iria ser tudo resolvido...Raio-X , apalpa daqui e dali, diagnostico Metatarsalgia. Mais 5 dias com o pé enfaixado, antiinflamatórios e a recomendação de usar uma palmilha em gel, além é claro de ficar 15 dias sem atividade de corrida. Mas a Doutora Silvana, pediu para eu fazer uma ressonância para tirar qualquer duvida.
Novamente, marquei e fui encarar a maquina de ressonância. Mas não deu certo...já estava pronto com o pé encaixado no aparelho quando entra a enfermeira e pergunta se eu tenho marcapasso. Achei estranho a pergunta, mas respondi que não. Ela então pediu para eu me dirigir a sala de Raio-X, por que não estava aparecendo nenhuma imagem na ressonância e ela precisava verificar algo.
Novamente Raio-X, sem problemas...o diagnostico é que foi estranho desta vez. Parece que tenho um pedaço de metal fino na sola do pé esquerdo. Isso mesmo metal, como entrou, não faço ideia.
Mas com o resultado na mão levei novamente para a Silvana, avaliar.
Ela não gostou muito, pareceu duvidar e achou melhor eu procurar outra clinica e fazer uma ressonância com contraste, para ai sim tirar todas as duvidas. Realizei o exame desta vez na Santa Casa, e estou esperando pelo resultado...correndo sempre que a dor me permite.
Metatarsalgia resulta em uma dor na parte frontal do pé, na área dos ossos metatarsos (ossos estes que articulam com as falanges). Embora pareça que a dor é em toda a parte frontal do pé, geralmente é apenas num osso metatarso. Essa condição geralmente está associada a um problema de alinhamento dos metatarsos. Aquele que dói geralmente é mais baixo que os outros, o que causa pressão e dor, sendo este facilmente encontrado, pressionando ligeiramente em baixo de cada um dos metatarsos até encontrar o ponto que seja mais doloroso. Pode também ser visível uma pequena calosidade na zona da patologia. A dor sentida é muitas vezes associada à dor proveniente de uma pedra dentro do calçado. Importante salientar que o tratamento dessa sintomatologia, que termina por se caracterizar na própria patologia, é sempre sintomático, através de procedimentos fisioterápicos, analgésicos, antiinflamatórios e uso adequado de palmilhas personalizadas. A experiência mostra, através de estatísticas, que a cirurgia raramente redunda em algum benefício, pelo contrário, pode piorar muito o sintoma doloroso, causado por fibroses e aumento de pontos de artroses, normais em situações pós-cirúrgicas.
Fascite plantar (também conhecida como síndrome do Esporão do Calcâneo) é um distúrbio doloroso comum que afeta o calcanhar e a planta do pé. Trata-se de uma desordem no local de inserção dos ligamentos no osso e se caracteriza pela cicatrização, inflamação ou destruição estrutural da fáscia plantar do pé. É frequentemente causada pela lesão por esforço repetitivo da fáscia plantar, que se intensifica com exercício físico, peso ou idade. Embora originalmente a fascite plantar tenha sido pensada como um processo inflamatório, estudos recentes têm demonstrado alterações estruturais mais condizentes com processos degenerativos. Como resultado das novas observações, parte da comunidade acadêmica tem defendido a mudança do nome desta condição para "fasciose plantar".
A dor característica da fascite plantar é geralmente sentida na parte de trás do calcanhar e é mais intensa durante os primeiros passos do dia. Indivíduos com fascite plantar frequentemente apresentam dificuldade para realizar a dorsiflexão do pé, o movimento de elevar o pé em direção à canela. Esta dificuldade geralmente se deve ao retesamento do músculo da panturrilha ou do tendão de Aquiles, que é conectado à fáscia plantar. A maior parte dos casos de fascite plantar melhora com o tempo e responde bem aos métodos de tratamento conservador.
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