terça-feira, 30 de maio de 2017

3ª Etapa Trilhas da Borússia - Circuito Trilhas e Montanhas

A cidade de Osório é conhecida como "Cidade dos bons ventos", devido aos grandes ventos desta região. Em seu território, este é o mais importante parque eólico do Rio Grande do Sul, que também abriga o famoso Morro da Borusia, um lugar com uma incrível vista para a costa, as lagoas, as montanhas e, claro, o vento gigante do parque Surfar A bela vista também compensa a subida através de uma trilha ecológica que vai da base para o topo da colina.


O ponto de encontro da prova foi na comunidade de São Sebastião, a 3km de distância do mirante do Morro da Borússia, que tem o seu trajeto todo asfaltado, não gerando maiores problemas para superar as lombas e chegar em segurança até o mirante.

Não posso falar muito sobre a região do morro, pois foi a minha primeira vez por lá. Na realidade nem iria fazer está prova, pois estava sem treinar a uns quatro dias devido a minha lesão. Fui pensando em poder trocar a distância na qual havia me inscrito, por uma mais curta, talvez os 13km, mas ficaria feliz mesmo em fazer os 6km.

Chegando no local da corrida encontrei o meu amigo Diego Cadigune, que estava acompanhando a sua esposa (Fernanda Ferrão), meu parceiro na Picarelli Assessoria e grande corredor André Siegle, os alunos da Veloz Assessoria, Jonatas Cabrera, Ana Avila e Alvaro Giovanella. Um bate papo rápido e fomos para o aquecimento. Durante o nosso trote relatei ao André, sobre a minha lesão e ele me sugeriu a troca de distância...fomos falar com a organização.

Não deu...argumentamos, explicamos e mesmo assim, me foi negada a troca e tive que ficar nos 24km. Faltando pouco mais de 5 minutos para a largada o negócio foi absorver tudo, analisar o percurso e concentrar para não quebrar nos primeiros quilômetros de prova. A largada para as três distâncias se deu no mesmo horário e local, mas com uma sacada legal da organização, que colocou na frente os competidores da maior distância seguidos pelos participantes dos 13km e logo atrás, largando cinco minutos depois os participantes da menor distância (6km).

Me posicionei na terceira fila, bem a frente, sem mochila e nem garrafa de água, apenas com uma cápsula de sal e dois géis. Não queria fazer nenhum teste, é que acabei esquecendo de levar a mochila e os apetrechos para correr em trilhas. Largamos com o tempo fechando e um vento fraco. Muita gente largando forte e eu entre eles, mas já na primeira subida, um pelotão de nove corredores conseguiu abrir em relação aos outros competidores, sendo que o André Siegle, era quem encabeçava o grupo, abrindo uma vantagem considerável dos demais. As trilhas foram deixadas de lado nesta etapa do CTM. A prova foi realizada em estradão, chão batido com muitas subidas, descidas e bastante verde. 

Para mim foi tudo tranquilo, pois na metade da prova do km 12 ao km 16 foram poucas lombas e aproveitei para correr forte, acompanhando de dois outros competidores. Mas corpo passou a cobrar a falta de treinos e fui ficando para trás com algumas câimbras. A chuva começou de leve para refrescar o lombo dos viventes e tornar a corrida um pouco mais interessante. Caminhei bastante para me poupar e chegar até o final, sabia (estudando o mapa antes da largada), que o percurso guardava uma subida forte nos quilômetros finais e com a chuva não seria fácil de transpor. No último posto de água a informação de que faltavam apenas 5 km para terminar a prova, só tinha que encarar uma parede de barro e uma trilha com muitas pedras soltas, para depois descer voando uma ladeira traiçoeira e escorregadia, pegar um trecho de asfalto e ir até a linha de chegada. 

Foi pura diversão, com travessia de riachos e lama na segunda metade do percurso. Esta terceira etapa do circuito foi uma prova rápida em estrada de chão, que teve chuva, ventos e muitos amigos.

Sexto colocado na Geral e 1º na categoria 38/42 anos
                                                                              


segunda-feira, 15 de maio de 2017

Metatarsalgia, Fascite Plantar ou um corpo estranho no Pé?

Faz algum tempo que venho sentindo estas dores na sola do pé esquerdo, isso anda me impedindo de seguir a planilha organizada pelos meus treinadores Luzia Pinto e Gabriel Picarelli. Estou assim, desde o inicio do mês de Março, fazendo os treinos quando a dor dá uma trégua, ou seja um dia de treino e dois dias parado. Em Abril, já estava cansado desta rotina e decidi procurar um médico, fui diagnosticado com uma das lesões mais chatas que podem acometer um amante das corridas. Fascite Plantar...então tá...pé enfaixado durante 6 dias, antiinflamatórios e a recomendação de redução no volume da corrida e na intensidade dos treinos. Mas sabe como é. Correr é gostoso, aquela sensação de leveza, vento na cara e as vezes com a chuva no rosto. É difícil desapegar dessas coisas todas. Mas a teimosia custa caro...

Dez dias depois lá estava eu com dores fortíssimas, no pé, sem conseguir pisar no chão. Desta vez procurei um especialista em tornozelo e pé. Marquei consulta, crente que iria ser tudo resolvido...Raio-X , apalpa daqui e dali, diagnostico Metatarsalgia. Mais 5 dias com o pé enfaixado, antiinflamatórios e a recomendação de usar uma palmilha em gel, além é claro de ficar 15 dias sem atividade de corrida. Mas a Doutora Silvana, pediu para eu fazer uma ressonância para tirar qualquer duvida.

Novamente, marquei e fui encarar a maquina de ressonância. Mas não deu certo...já estava pronto com o pé encaixado no aparelho quando entra a enfermeira e pergunta se eu tenho marcapasso. Achei estranho a pergunta, mas respondi que não. Ela então pediu para eu me dirigir a sala de Raio-X, por que não estava aparecendo nenhuma imagem na ressonância e ela precisava verificar algo.

Novamente Raio-X, sem problemas...o diagnostico é que foi estranho desta vez. Parece que tenho um pedaço de metal fino na sola do pé esquerdo. Isso mesmo metal, como entrou, não faço ideia.
Mas com o resultado na mão levei novamente para a Silvana, avaliar.
Ela não gostou muito, pareceu duvidar e achou melhor eu procurar outra clinica e fazer uma ressonância com contraste, para ai sim tirar todas as duvidas. Realizei o exame desta vez na Santa Casa, e estou esperando pelo resultado...correndo sempre que a dor me permite.

Metatarsalgia resulta em uma dor na parte frontal do pé, na área dos ossos metatarsos (ossos estes que articulam com as falanges). Embora pareça que a dor é em toda a parte frontal do pé, geralmente é apenas num osso metatarso. Essa condição geralmente está associada a um problema de alinhamento dos metatarsos. Aquele que dói geralmente é mais baixo que os outros, o que causa pressão e dor, sendo este facilmente encontrado, pressionando ligeiramente em baixo de cada um dos metatarsos até encontrar o ponto que seja mais doloroso. Pode também ser visível uma pequena calosidade na zona da patologia. A dor sentida é muitas vezes associada à dor proveniente de uma pedra dentro do calçado. Importante salientar que o tratamento dessa sintomatologia, que termina por se caracterizar na própria patologia, é sempre sintomático, através de procedimentos fisioterápicos, analgésicos, antiinflamatórios e uso adequado de palmilhas personalizadas. A experiência mostra, através de estatísticas, que a cirurgia raramente redunda em algum benefício, pelo contrário, pode piorar muito o sintoma doloroso, causado por fibroses e aumento de pontos de artroses, normais em situações pós-cirúrgicas.

Fascite plantar (também conhecida como síndrome do Esporão do Calcâneo) é um distúrbio doloroso comum que afeta o calcanhar e a planta do pé. Trata-se de uma desordem no local de inserção dos ligamentos no osso e se caracteriza pela cicatrização, inflamação ou destruição estrutural da fáscia plantar do pé. É frequentemente causada pela lesão por esforço repetitivo da fáscia plantar, que se intensifica com exercício físico, peso ou idade. Embora originalmente a fascite plantar tenha sido pensada como um processo inflamatório, estudos recentes têm demonstrado alterações estruturais mais condizentes com processos degenerativos. Como resultado das novas observações, parte da comunidade acadêmica tem defendido a mudança do nome desta condição para "fasciose plantar".

A dor característica da fascite plantar é geralmente sentida na parte de trás do calcanhar e é mais intensa durante os primeiros passos do dia. Indivíduos com fascite plantar frequentemente apresentam dificuldade para realizar a dorsiflexão do pé, o movimento de elevar o pé em direção à canela. Esta dificuldade geralmente se deve ao retesamento do músculo da panturrilha ou do tendão de Aquiles, que é conectado à fáscia plantar. A maior parte dos casos de fascite plantar melhora com o tempo e responde bem aos métodos de tratamento conservador.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Corrida Fenae do Pessoal da Caixa

A Corrida do Pessoal da Caixa faz parte do tradicional calendário de eventos esportivos da APCEF, essa prova foi realizada em parceria com a FENAE - Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal. O evento aconteceu no dia 6 de maio, na Usina do Gasômetro, com distância única.


Com o tradicional trajeto de cinco quilômetros percorridos na orla do Guaíba, a prova teve toda a estrutura para a saúde e segurança dos atletas. Eu participei pelo segundo ano consecutivo, convidado pela minha grande amiga e funcionária da Caixa, Shirley Coelho, que teve um ótimo desempenho na prova.

Shirley, exibindo o seu troféu...
O local da largada foi a Avenida Edivaldo Pereira Paiva, que aos finais de semana fica fechada para o transito de carros, é uma das principais avenidas por onde passa o trajeto da Maratona de Porto Alegre, e também o ponto preferido dos corredores que realizaram os seus treinos longos.

Logo após a sessão de aquecimento e alongamentos os participantes se agruparam para a largada, que foi exatamente às 9hs da manhã. Fazia um bom tempo que não corria, pois estou com um problema no pé esquerdo desde o inicio do ano, e as vezes tenho que parar alguns dias de treinar pois as dores são fortes.
Então a minha estratégia foi de começar devagar e acelerar aos poucos, conforme o corpo fosse aquecendo...

O pórtico de largada/chegada da prova foi montado na rotula do gasômetro e a virada se deu na rotula das cuias, percurso tranquilo e plano que deveria ser repetido duas vezes. Larguei entre os 10 primeiros, mantendo o ritmo, perto do primeiro quilometro já estava colado no primeiro colocado, o meu pé não havia incomodado e resolvi apertar o passo, para dividir a liderança da prova com o Delmar Dickel, quadragenário como eu e ótimo corredor. Ficamos lado a lado, durante toda a primeira volta, medindo forças e testando a nossa capacidade respiratória.

Então resolvi "apertar o passo", já que apesar do tempo parado estava me sentindo bem...fiz a curva para dar inicio a segunda volta, peguei um copo de água, joguei o liquido sobre a cabeça e disparei.
O planejamento deu certo, consegui fugir um pouco do meu concorrente e mantive a dianteira até o final, com direito a uma aceleração nos últimos 300 metros. Depois foi entrevista para o pessoal da Caixa,  alongamento e bate papo descontraído com os meus treinadores Luzia Pinto e Gabriel Picarelli, e a galera da assessoria, que também estavam lá de saída para a segunda parte do longão.

Pódio Geral 5km - só os quarentões - Delmar, Maurinho e Alcides dos Santos